O futuro do trabalho é global
Nos últimos anos, o conceito de local de trabalho – e a maneira como trabalhamos – se transformou rapidamente. Em meio à pandemia de Covid-19, as empresas acharam necessário acelerar a digitalização de suas operações para funcionar de maneira eficaz, tanto dentro de suas organizações quanto no relacionamento com os clientes.
A tecnologia permitiu a colaboração entre fronteiras e fusos horários, e trabalhadores e empresas estão adotando o trabalho remoto como nunca antes. De fato, de acordo com o Gartner, até o final de 2022, 31% de todos os trabalhadores em todo o mundo serão totalmente remotos ou híbridos. Os EUA estão liderando o caminho, com funcionários remotos respondendo por 53% da força de trabalho no país.
A complexidade dos negócios no mundo altamente interconectado de hoje sem dúvida introduziu um novo conjunto de desafios para os líderes, mas essas oportunidades valem o esforço. Se as organizações conseguirem abraçar essa nova era de trabalho, elas poderão liberar o poder disruptivo da diversidade, resultando em maior produtividade, inovação e crescimento.
Então, o que os líderes devem considerar ao preparar sua força de trabalho remota para a globalização?
O que você irá saber neste artigo:
Integre o gerenciamento de riscos à sua estratégia de recrutamento
Não mais limitados pelas barreiras geográficas tradicionais, os empregadores agora podem formar equipes que oferecem o melhor conhecimento funcional de todo o mundo combinado com profundo conhecimento dos mercados mais promissores.
Aproveitando os benefícios da diversidade internacional, os líderes estão descobrindo que podem reunir profissionais com formações e perspectivas distintas.
De acordo com um estudo realizado pelo HR Research Institute (HRRI) e pela Professional Background Screening Association (PBSA), mais empresas estão adotando essa mudança, com 33% dos profissionais de RH dizendo “esperam contratar mais candidatos que vivem ou viveram em países fora da localização da organização nos próximos cinco anos.”
No entanto, para realmente colher os frutos da globalização, os líderes devem primeiro gerenciar os riscos. Há uma complexidade crescente envolvida na contratação de funcionários em localidades internacionais.
O mesmo estudo constatou que, independentemente da localização, 72% dos profissionais de RH acreditam que é importante que as empresas tenham acesso a recursos de triagem globais ou internacionais.
As empresas devem navegar com sucesso por um labirinto de legislação complexo e em constante mudança e estão expostas a possíveis fraudes e riscos de segurança.
Portanto, os líderes devem estar totalmente comprometidos em examinar os candidatos por meio de verificações confiáveis de antecedentes.
Adote táticas de comunicação que mantenham os funcionários conectados
O ecossistema do local de trabalho distribuído está evoluindo de “trabalhar de qualquer lugar” para “trabalhar de qualquer lugar e a qualquer momento”. Como tal, o trabalho remoto requer um nível mais alto de consistência e disciplina em relação à comunicação e, mais importante, a adoção da igualdade de fuso horário.
Além do mais, as expectativas de liderança variam entre as culturas, mas uma coisa é certa: os trabalhadores querem flexibilidade, liberdade e equilíbrio. Os líderes devem passar do “comando e controle” para um estilo de liderança que fortaleça a autonomia.
Uma maneira de fazer isso é adotando a comunicação assíncrona, permitindo que os funcionários trabalhem quando e onde quiserem. Esse tipo de autonomia é um componente indispensável da motivação no local de trabalho e um fator-chave do desempenho e bem-estar no trabalho.
Ao mudar para esse modelo, no entanto, as empresas devem estar cientes de como o encolhimento das redes pode colocar em risco a inovação. Como um relatório do Work Trend Index da Microsoft coloca com eloquência: “O trabalho remoto cria equipes mais isoladas. Os líderes devem procurar maneiras de promover o capital social, a colaboração entre equipes e o compartilhamento espontâneo de ideias que impulsionam a inovação no local de trabalho há décadas”.
Invista em tecnologia que ajuda na colaboração
À medida que a poeira do frenesi inicial do trabalho remoto baixa, as organizações devem reavaliar suas tecnologias para garantir que sejam otimizadas para impulsionar a produtividade e a colaboração entre equipes dispersas. Na ausência de um escritório físico, as empresas devem adotar soluções que permitam que os trabalhadores se movimentem livremente entre os espaços e facilitem o envolvimento que imita o contato pessoal.
Em um ambiente de escritório tradicional, os funcionários se envolvem regularmente em interações informais e não planejadas, como ir até a mesa de um colega de trabalho para fazer uma pergunta. Essa comunicação beneficia os trabalhadores social e profissionalmente, mas está entre os aspectos mais difíceis de reproduzir virtualmente.
Os líderes devem preencher as lacunas priorizando happy hours virtuais ou bate-papos individuais e adotando uma cultura empresarial positiva que abranja as divisões geográficas.
A globalização é o futuro do trabalho
A natureza do trabalho mudou significativamente nos últimos anos e a globalização está chegando. As armadilhas potenciais são muitas, mas os benefícios de uma força de trabalho global remota são infinitos.
Ao expandir as estratégias de emprego para contratar além-fronteiras, as empresas podem atrair e reter os talentos mais experientes e procurados, independentemente de onde morem.
No entanto, à medida que os líderes continuam a repensar suas estratégias de trabalho remoto, é essencial que eles capacitem os funcionários com as ferramentas e tecnologias certas para serem eficazes, autônomos e conectados de qualquer lugar do mundo.
Texto traduzido da Forbes
16 Dezembro 2022
