Por que a ‘contratação silenciosa’ é o segredo para aumentar a produtividade e reter funcionários

Por que a ‘contratação silenciosa’ é o segredo para aumentar a produtividade e reter funcionários

As estruturas organizacionais tradicionalmente se concentram em capacitar os funcionários para trabalhar exclusivamente em sua função de especialista – mas isso pode não ser mais a abordagem mais inteligente para organizações que desejam maximizar sua capacidade e aumentar a produtividade.

Em um cenário de incerteza econômica e com muitas organizações perdendo funcionários, a qualificação e a qualificação cruzada parecem ser os principais imperativos estratégicos deste ano.

É por isso que o novo fenômeno, apelidado de ‘contratação silenciosa’ (em que as organizações redistribuem novas habilidades de sua força de trabalho existente, em vez de recrutar novas contratações), está ganhando força.

Uma pesquisa realizada por Gartner não apenas prevê que será uma das principais previsões de força de trabalho para 2023, mas também há uma probabilidade muito boa de que a contratação silenciosa seja a resposta para aumentar a produtividade este ano.

Aqui está o porquê!

Para começar, é a antítese de ‘desistir silenciosamente’

A tendência de ‘desistir silenciosamente’ surgiu no final de 2022, quando um número significativo de funcionários (principalmente aqueles entre os grupos demográficos mais jovens, como a Geração Z) professavam ativamente estar fazendo o mínimo necessário para manter seus empregos. Em essência, eles evitavam todas as tarefas além de seus deveres atribuídos.

No final do ano passado, um em cada três funcionários se considerava um desistente silencioso. O relatório State of the Global Workplace: 2022 da Gallup concluiu que o nível de engajamento dos funcionários é ainda mais alarmante.

Mas neste clima econômico atual, a contratação silenciosa faz muito sentido.

Ele permite que os líderes empresariais eliminem recrutamentos dispendiosos e custos salariais adicionais por meio do preenchimento de cargos com talentos existentes dentro da organização.

Além disso, a contratação silenciosa não é apenas um exercício de economia de dinheiro. Quando bem feito, pode melhorar as perspectivas do pessoal existente, oferecendo-lhes algumas vantagens importantes.

Ele oferece aos funcionários a oportunidade de aumentar seu portfólio de habilidades por meio de treinamento e experimentar trabalhar em novas áreas do negócio sem perder a estabilidade de sua função atual.

Também abre portas para promoções e cargos que normalmente podem ser preenchidos por meio de recrutamento externo.

As organizações que adotam contratações silenciosas, flexionando recursos para oferecer uma gama mais variada de tarefas e responsabilidades, podem aumentar o moral dos funcionários, proporcionar um ambiente de trabalho mais estimulante e gratificante e reduzir as taxas de atrito.

As pessoas estão realmente ‘abertas’ para contratações silenciosas

Haverá, é claro, algumas pessoas que ficarão muito felizes em continuar em seus papéis habituais. Eles podem até ser céticos quanto a seus gerentes exigirem que assumam tarefas adicionais.

Mas, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela plataforma de busca de empregos Monster descobriu que havia mais pessoas abertas a contratações silenciosas do que contra.

A pesquisa mostrou que 63% dos trabalhadores são receptivos à ideia, acreditando ser uma boa oportunidade para expandir suas habilidades.

Esta é uma ótima notícia para os defensores de direitos humanos. Uma força de trabalho mais engajada e realizada terá um efeito positivo na experiência do cliente, na eficiência operacional e na produtividade.

E nunca houve um momento tão urgente para as empresas se concentrarem em melhorar suas pontuações em relação a essas prioridades. Os Estados Unidos conseguiram evitar sucumbir a uma recessão no final do ano passado por uma margem estreita, mas a estagnação da produtividade é um dos maiores desafios que a economia americana enfrenta atualmente.

O enigma da capacidade

Vale lembrar que a perda mais comum de produtividade é o desperdício de capacidade. Em termos simples, as empresas não estão aproveitando ao máximo sua força de trabalho atual.

O problema decorre de equipes que trabalham em estruturas tradicionais e em silos focados em áreas funcionais específicas de um negócio. Como não se têm a flexibilidade ou os recursos de equipe para mover as cargas de trabalho entre as equipes, as empresas lutam para lidar com as flutuações e não conseguem equilibrar a carga. Uma pesquisa descobriu que quase dois terços das organizações (63%) acreditam que precisam aprimorar suas habilidades para enfrentar a atual turbulência econômica.

Portanto, não é de surpreender que a contratação silenciosa seja uma tendência importante este ano.

Mas como as organizações fazem para implementá-lo? Como eles podem ter certeza de que estão se qualificando nas áreas que oferecem mais valor para os trabalhadores e para a organização?

A primeira etapa é identificar os obstáculos e problemas de capacidade em toda a empresa.

Somente reunindo e analisando dados sobre a capacidade atual, os líderes podem realmente lidar com os desequilíbrios de carga de trabalho na raiz e garantir que invistam no treinamento das pessoas certas e na realização de mudanças que terão um impacto duradouro no sucesso da organização.

A contratação silenciosa se tornará a norma no local de trabalho do futuro?

Se as organizações adotarem essa última tendência ‘silenciosa’ e mudarem para estruturas operacionais onde as equipes compartilham uma gama mais ampla de habilidades, elas se tornarão mais ágeis e mais bem posicionadas não apenas para sobreviver, mas para prosperar. E isso apesar dos desafios econômicos atuais.

Diante da crise econômica e das pressões para reduzir custos, reter e atrair talentos, a contratação silenciosa oferece às organizações uma tática vencedora.

E, como outras tendências que se mostraram frutíferas – como o trabalho remoto – não há razão para que a contratação silenciosa não continue a se tornar a nova ‘manutenção silenciosa’ no local de trabalho do futuro.

Texto traduzido da TLNT